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Roberto Farias,

Maestro, Compositor, Chanceler e Imortal da Academia de Música do Brasil

ROBERTO FARIAS, nasceu em Cubatão, Estado de São Paulo, a 30 de janeiro de 1954.

Iniciou seus estudos musicais aos 7 anos de idade, tendo como instrumento o trompete.

 

Sua vivência musical começa no seio familiar, onde seu pai, funcionário público estadual e pastor evangélico é também um músico autodidata, promovendo quase que diariamente pequenos serões musicais, onde ele acompanha ao violão a sua esposa, dotada  de uma qualidade vocal considerável, na interpretação de hinos evangélicos e canções folclóricas, ao mesmo tempo que imitava timbres de diversos instrumentos como trompete, trombone, bandolim, clarineta, etc.

 

As primeiras noções musicais começam na classe de música da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, no bairro do Jardim Casqueiro, em Cubatão, onde frequentam, utilizando instrumento cedido pela própria igreja. Logo, essa atividade se expande à escola primária onde estuda, passando a apresentar-se com frequência executando os hinos pátrios e canções cívicas e escolares, estas contidas num compêndio intitulado Música na Escola Primária, pertencente a uma coleção de vários volumes que abordavam várias disciplinas do currículo escolar, como Matemática na Escola Primária, Português na Escola Primária, Educação Moral e Cívica na Escola Primária, Ciências na Escola Primária, etc.

 

Sua formação musical deu-se a princípio com professores particulares que ocupavam-se das primeiras lições de solfejo (predominantemente rítmico) e técnica instrumental básica, sem grande aprofundamento. Foi quando ingressou na 1a. série do antigo curso ginasial que passou a ter contato com uma orientação um pouco mais consistente, momento em que teve a orientação de um professor e maestro com formação acadêmica, regente da Banda Musical da Escola Industrial Dona Escolástica Rosa, na cidade de Santos. Foi nesse período, tocando ao lado de músicos estudantes de maior experiência, passou a ter contato com um repertório mais abrangente, que, além dos hinos pátrios, canções cívicas, tem acesso ao repertório tradicional de bandas como, marchas militares, dobrados, música popular e arranjos de trechos de peças clássicas.

 

Aos 11 anos de idade, já designado assistente de seu professor, passar a aventurar-se aos seus primeiros arranjos, tendo como marco o arranjo da canção "A Banda" de Chico Buarque da Hollanda, "encomendado" por seu professor para as festividades de aniversário da Escola - foi um momento de grande emoção, quando tomado por grande emoção não conseguiu cumprir, no momento da apresentação, a sua função de primeiro trompete da Banda Musical escolar, ao ouvir soar os primeiros acordes do arranjo que havia feito. Após isso, sucederam-se outras "aventuras musicais", como a de substituir seu mestre na condução do grupo em várias apresentações.

Aos 13 anos de idade, seguindo o costume da época, onde os garotos da sua idade já sentiam a necessidade de trabalhar para ajudar no orçamento familiar, transfere-se para uma escola em Cubatão, o Colégio Estadual Afonso Schmidt, passando a frequentar aulas no período noturno, após empregar-se num conceituado escritório de assistência contábil e jurídica, Delta – Empresa Contábil e Jurídica Ltda.,  vindo a tornar-se um ano mais tarde o responsável pelo departamento pessoal, cuidando das rotinas trabalhistas e previdenciárias de mais de 300 empresas, chegando a ser considerado na época por seus superiores hierárquicos como funcionário-enciclopédia,  já que tinha de memória os número de CGC - Cadastro Geral de Contribuinte (hoje o CNPJ), assim como o número de inscrição previdenciária da quase totalidade de empresas com as quais lidava, além de ter de memória a situação fiscal da maioria delas, ou seja, era capaz de informar sem consulta prévia se a empresa estava em dia ou não com as suas obrigações trabalhistas e o mês de competência da última contribuição.

Paralelamente à sua rotina escolar e profissional, colaborava na organização, direção e manutenção de fanfarras nas escolas do município, dotando-as de um melhor desempenho musical.

No âmbito religioso seguia participando dos conjuntos instrumentais e vocais da Igreja onde frequentava com sua família, tomando contato com a música coral, cantando e depois regendo, além de desempenhar-se como organista, ocasião em que sente a necessidade de tomar aulas particulares de piano.

É também nas atividades musicais da Igreja, tocando e ensinando, passa a exercitar com mais afinco as suas atividades como arranjador, ainda de forma intuitiva, ocasião em que também aproxima-se do violão, adotando-o como instrumento de suporte harmônico, quando começa a "descobrir" os caminhos para estruturação harmônica dos arranjos que tinha que produzir.

No ano de 1970, aluno do Colégio Estadual "Afonso Schmidt", toma conhecimento da existência de uma quantidade de instrumentos musicais de sopro e percussão guardados na sala do laboratório da escola e nasce daí o desejo de formar uma banda musical na Escola. Consegue então apresentar a ideia ao Diretor da Escola, que a princípio, ainda um pouco resistente, autoriza o "pequeno maestro" a apropriar-se dos instrumentos para levar adiante o seu projeto. Reunindo vários colegas que já tinham algum conhecimento musical e que já haviam feito parte da extinta Banda Musical Infantil da Refinaria Presidente Bernardes (unidade da Petrobras com sede em Cubatão), deu início aos ensaios no dia 04 de abril de 1970 e no dia 30 de maio do mesmo ano realiza a sua primeira apresentação, durante a Campanha "Eu Ajudei a Construir o Hospital de Cubatão", com um repertório tradicional de banda, preparado pelo aspirante a maestro, transcritos de discos e outros assimilados por meio da frequente audição dos programas especializados de bandas veiculados pelas rádios da época, como "Bandas de Todas as Bandas", entre muitos outros.

A cada ensaio, realizados em geral nos finais de semana, sábados e domingos, novos interessados iam surgindo e eram conduzidos aos diversos instrumentos de sopro e percussão de acordo com a necessidade de aparelhamento do grupo e disponibilidade de equipamentos - dificilmente um aluno tinha a possibilidade de iniciar-se num instrumento de sua preferência, já que o objetivo era manter o funcionamento de um grupo musical com características de uma banda musical e com uma instrumentação o mais equilibrado possível (a preferência dos aspirantes a músicos sempre recaiam pelos instrumentos mais conhecidos como o trompete, no caso dos sopros e a  caixa clara, no caso da percussão). Em poucos meses a Banda Musical Afonso Schmidt já era considerada no município como a  Banda Oficial da Cidade, atendendo com frequência os convites (ou convocações) do Poder Público Municipal (Executivo e Legislativo) e entidades sócio-culturais como o Lions Clube e Rotary Clube, recebendo em contrapartida apoio institucional para a participação de concursos, festivais de bandas e afins, sobretudo no que se refere ao transporte.

 

Em agosto de 1970, o grupo participa pela primeira vez de um desfile cívico em homenagem ao Dia do Soldado na cidade vizinha de Santos, seguindo-se dos Desfiles da Independência, Dia do Boqueirão, entre outros.

No ano de 1971, participa do Campeonato Nacional de Bandas e Fanfarras promovido pela Rádio e Televisão Record na Capital de São Paulo, evento esse que tem o apoio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ocasião em que consegue a 7a. colocação dentre 104 participantes de todo o país.

 Em 1972, surpreende o meio, ao incluir em seu repertório arranjos de música clássica, mais precisamente o primeiro movimento da Sinfonia n. 40 de Mozart e o terceiro  movimento da 3a. Sinfonia de Brahms, baseados nas versões criadas por Waldo de Los Rios, arranjos esses transcritos de discos pelo então jovem maestro Roberto Farias - nesse mesmo ano é convocada para recepcionar o Embaixador de Portugal que visita a cidade, ocasião em que executa o Hino Nacional Português, cujo arranjo foi produzido num final de semana pelo próprio maestro, a partir de uma partitura para canto sem acompanhamento de piano e qualquer indicação de harmonia e sem que tivesse à disposição uma gravação que  fosse.

No ano de 1974, quando as bandas tinham o seu repertório centrado na música popular brasileira, sobretudo o  samba, a Banda Musical "Afonso Schmidt" traz uma inovação, trazendo para a avenida peças do repertório de gala da Banda Marcial Britânica e seu garboso uniforme baseado na Guarda Republicana Francesa. Esse repertório era constituído em sua maioria das célebres marchas militares compostas pelo compositor e mestre de banda norte-americano John Philips de Sousa - essas obras foram transcritas pelo jovem maestro de um disco lançado pela Revista Seleções Readers Digest.

Os anos de 1975 e 1976 foram marcados por um período de grande dificuldade, quando o grupo passou a funcionar com recursos de seus próprios integrantes que se cotizavam para a compra e reforma de instrumentos e também a confecção de uniformes para novos integrantes e por muitas vezes vendo frustrado o seu desejo de participação em concursos, festivais e outras atividades de interesse, pela falta de transporte, alimentação e  afins.

 

No ano de 1977, graças ao reconhecimento da Administração Municipal, é oficializada como Banda Musical de Cubatão através da Lei n. 1.102, de 20 de setembro de 1977, totalmente reaparelhada com instrumentos e uniformes novos, ligado ao Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Cubatão, passando a funcionar anexa ao Conservatório Musical de Cubatão. O Conservatório, que por sua vez, mantinha somente os cursos de piano, violão e balé, passa a oferecer cursos livres de instrumentos de sopro, como flauta, clarineta, saxofone, trompete, trompa, trombone, eufônio, tuba e percussão, além da disciplina de Prática de Orquestra, dirigida aos alunos do Curso de Técnico, orientados pelo então maestro Roberto Farias, cujo vínculo profissional com o município se deu por meio de Credenciamento, inicialmente pelo período de 1 (um) ano - época o maestro era funcionário da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (unidade da Petrobras), na área de Recursos Humanos, já que anteriormente, de 1973 a 1975  havia trabalhado na Secretaria de Relações do Trabalho do Governo do Estado de São Paulo, na área de Orientação Trabalhista.

Durante todo esse período, de 1970 a 1977, o então maestro passou a tomar aulas de harmonia, instrumentação, orquestração e regência com professores particulares e mais tarde de composição - vale lembrar que o seu desejo de criança de frequentar um Conservatório nunca pode ser realizado, primeiro por não haverem conservatórios na região que ensinassem instrumentos de sopro e ter sido considerado, em uma das poucas tentativas (acompanhado pelo seu pai), acima da média dos alunos que frequentavam essa instituição nos tradicionais cursos de piano, violão e acordeão.

O seu ingresso no curso superior se deu no ano de 1979 na Faculdade de Música de Santos, no cursos de Bacharelado em Instrumento e de Composição e Regência - por pouco se vê impedido de frequentar também esses cursos, já que pelo seu histórico de conhecimento e realizações é aconselhado pelo Conselho Diretivo da referida Faculdade a prestar o Exame de Notório Saber, existente na época na Escola Nacional de Música no Rio de Janeiro, o que não foi aceito pelo maestro, uma vez sentir fazer-lhe falta a disciplina de escola como aluno (na área musical).

 

Estudou regência com o maestro alemão Paul Bernard e frequentou classes de renomados maestros como Gerard Devos, William Nichols, Fábio Mechetti e o célebre Eleazar de Carvalho.

De 1984 a 1992, foi titular das disciplinas de Apreciação Musical, Literatura Instrumental e Instrumento Superior da Faculdade de Música de Santos, onde se formou.

No ano de 1980 é convidado a assumir o posto de primeiro trompete da Orquestra Sinfônica de Santos e logo em seguida, é nomeado Regente Assistente daquela Orquestra.

No ano de 1981, eleva a Banda Musical de Cubatão ao "status" de banda sinfônica, tanto pela instrumentação quanto pelo repertório, ampliando o seu campo de atuação, não restringindo-se apenas a apresentações em ambientes abertos senão a salas de concerto.

No ano de 1983, assume por aclamação, o cargo de Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Santos. É nesse período que também passa a dedicar-se com mais afinco à Regência Coral, passando a atuar como Regente Titular do Coral da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (unidade da Petrobrás), função que desempenhou entre 1987 e 1992.

No ano de 1987, graças ao seu trabalho realizado com a Banda Sinfônica de Cubatão, é convidado pela Secretaria de Estado da Cultura a assumir a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, na época um dos grupos semiprofissionais do Estado, ocasião em que, por várias tentativas de reverter o perfil do grupo, propõe a a desativação do modelo atuante por não atender, por suas características objetivos artísticos e pedagógicos e leva adiante o seu projeto de criação de uma banda sinfônica em nível profissional, no mesmo "status" da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo da época.

Aceito e aprovado o projeto, em agosto de 1989 é aberto um processo seletivo para o preenchimento das vagas de instrumentos para o novo grupo, iniciando suas atividades artísticos a 1º de novembro de 1989. A Banda Sinfônica do Estado de São Paulo vem então a constituir-se na primeira banda sinfônica profissional civil do país e tem como principal objetivo a difusão do repertório originalmente concebido a esse tipo de formação instrumental (sopros e percussão, com piano e contrabaixos), com ênfase na música do século XX, além de transcrições de obras consagradas do repertório sinfônico.

 

Entre os seus projetos artísticos está o de Incentivo à Criação Musical Brasileira, por meio de encomenda de obras a renomados compositores brasileiros da atualidade, criando assim um repertório contemporâneo para banda sinfônica, até então praticamente inexistente - na época, tinha-se conhecimento de algumas poucas ocorrências de obras de compositores como Amaral Vieira e Mário Ficarelli, comissionadas pelo Conservatório de Tatuí, mas pouco difundidas; outras referências, porém desconhecida no Brasil, eram a Fantasia em Três Movimentos em forma de Choros (1957) e Concerto Grosso (1958) de Heitor Villa-Lobos, comissionadas pela American Wind Orchestra dos Estados Unidos, jamais executadas no Brasil, mas que adotavam uma instrumentação atípica aos padrões da época - a apresentação dessas obras só ocorreram no Brasil por iniciativa da Banda Sinfônica do Estado de  São Paulo no ano de 1992, durante os concertos comemorativos dos 500 anos da América, por iniciativa do maestro Roberto Farias, na época em que era o seu diretor artístico.

 

Desse projeto de Incentivo à Criação Musical Brasileira resultaram obras como Suite Tropical de Ronaldo Miranda (1990), Sinfonia para Instrumentos de Sopro de Mário Ficarelli (1990), Limite para sons eletrônicos e banda sinfônica de Lelo Nazário (1990), reedição de Tecladofonia e Concerto para Três Trompetes (obras compostas  em 1977 e 1981, respectivamente e revisadas em 1990) de Amaral Vieira, Magnificat para mezzo-soprano, coro misto e duas bandas sinfônicas (1990) de Amaral Vieira, Songs of Oblivion n. 4 (1991) de Luiz Carlos Csekö, Sinfonia 1990 de Harry Crowl, Fantasia Coral "In Nativitate Domini" para piano obligato, órgão, harpa, mezzo-soprano, coro misto e duas bandas sinfônicas de Amaral Vieira (1991), Quadrante "A Rosa do Ventos" para Saxofones e Banda Sinfônica de Roberto Sion (1992) Festival Overture e Harpia de Daniel Havens (1992), Solfieri - poema sinfônico baseado em "A Noite da Taverna de Álvares de Azevedo, de Achille Picchi (1993), Sonho Infantil - Rapsódia Brasileira de Edmundo Villani-Côrtes (1993), Fantasia para Quarteto de Trombones e Wind Ensemble (1994) e Concertino para Quinteto de Sopros e Banda Sinfonica (1995) de Daniel Havens, "A 3a. Visão" - Concerto para Piano e Banda Sinfônica de Edmundo Villani-Cõrtes (1996),  Rapsódia Latina de Cyro Pereira (1997), Cartas Celestes n. 7 "Constelações Zodiacais" para dois pianos e banda sinfônica  de Almeida Prado (1998), Chacona Amazônica de Marlos Nobre (1999) e Enigmas para Contrabaixo e Banda Sinfônica de  André Mehmari (2000). O compositor norte-americano dedicou-lhe uma obra para banda sinfônica intitulada "Canto e Candombe" (1999).

 

Atuou como professor de regência e prática de banda sinfônica nos Festivais de Inverno Campos do Jordão (1988-1992), Oficinade Música de Curitiba (1992-2000), Festival de Música de Londrina (2000), Painel Funarte para Regentes Instrumentistasde Bandas (2000-2003), Curso Internacional de Verão de Brasileira (2002-2008).

Atuou como regente convidado frente às mais importantes banda sinfônicas latino-americanas, entre elas, a Banda Sinfônica da Cidade Buenos Aires, na Argentina, Banda Sinfônica de Montevidéu, no Urugai e Banda Sinfônica da Província de Córdoba, de quem foi o seu diretor artístico de 2008 a 2012). Nos Estados Unidos, regeu como convidado a University of Pennsylvania Wind Ensemble e United States of America Air Force Academy Symphonic Band.

Principais prêmios: Regente do Ano de 1981 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Melhor Regente de 1990 pela APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, Prêmio Banespa de Música "Destaque Internacional" 1993, Medalha de Mérito Cultural 1994, Prêmio Carlos Gomes 1998.

Em 2004, ingressou como mestrando no Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da Unesp, tendo como orientadora a Dra. Dorothea Kerr.

No ano de 2005 foi convidado a assumir o cargo de Coordenador dos Corpos Artísticos de Cubatão (Banda Sinfônica de Cubatão, Banda Marcial de Cubatão, Coro Zanzalá, Grupo Rinascita, Cia. de Dança, Coral "Raizes da Serra", Programa Banda Escola de Cubatão e Projeto Cubatão Sinfonia).

Seu trabalho de análise sobre a obra de Igor Stravinsky, intitulado "STRAVINSKY - Uma Visão além dos tempos", tem sido apresentado com sucesso em várias universidades brasileiras e estrangeiras.

Em 2008, assumiu a direção artística da Orquestra de Câmara Solistas do Brasil. Participou como representante latino-americano de Conferências Mundiais de Bandas Sinfônicas na Áustria (1997) e Estados Unidos (1999) e por diversas vezes, de 1997 a 2007, da International Midwest Clinic for Band and Orchestra em Chicago, nos Estados Unidos.

Em 2007, regeu em São Paulo a estreia latino-americana da ópera "The Jumping Frog" de Lukas Foss, com elenco internacional.

Como compositor, Roberto Farias destaca Cubatão para banda sinfônica (1994, dedicada ao compositor santista Gilberto Mendes), Abertura Exótica para banda sinfônica (1995-revisão 2006, dedicada ao compositor argentino Vicente Moncho, editada nos Estados Unidos pela Brazilian Music Publications – Washington D.C.), Cubatão 2001 - Fantasia Sinfônica para narrador, coro infantil, coro misto, grupo renascentista e banda sinfônica (2001 e uma 2a. versão realizada em 2009, em homenagem a sua cidade natal, Cubatão), Samba para Ayrton para piano e banda sinfônica (1968, orquestrada para banda sinfônica em 2008), Elegia para contrabaixo solo (2003), Asa Branca Fantasia para banda sinfônica (2004),  Trio in Miniatures para flauta, oboé e fagote (2008 - editada nos Estados Unidos pela Brazilian Music Publications - Washington D.C.) , Dis-tensões para contrabaixo solo (2010), "Sin Misura" para contrabaixo solo (2011, com versões para viola, violoncelo, fagote, eufonio, tuba e clarinete baixo), Tres Escenas de Amor para duo de violino e viola (2011 - 3 movimentos: Juego de Seducción,  Pasión e Extasis), Ciclo de Canções para soprano solo e piano (2011), sobre poemas do escritor Afonso Schmidt: "Cubatão" (dedicada a Cristina Allemann),  "Caras Sujas" (dedicado ao Secretário de Cultura de Cubatão Wellington Borges) e "Simpatia" (dedicada à Profa. Marilda Canelas), Tribute to Bach (2015-2016) e BEAG – Quarantine Portraits (2020).

Seu projeto "SINFONIA URBANA - Música ao alcance de todos" foi selecionado pelo SESI - Serviço Social da Indústria e será apresentado num ciclo de 20 (vinte) palestras em cidades do Interior Paulista.

Com Pós-Graduação em REGÊNCIA, é o Diretor Geral do MUSICAD – Seminário Permanente de Regência e atua como docente de Pós-Graduação em Regência do Instituto ALPHA-FACEC e de forma privada como orientador nas disciplinas de Regência, Análise Musical, Composição, Instrumentação, Orquestração, Harmonia, Contraponto e Currículo Orquestral.

 

Entre as suas atividades de direção, é o Coordenador dos Grupos Artísticos de Cubatão, Diretor Artístico do Quinteto METAL ARTE e da Banda Sinfônica Paulista.

Em 2022, foi eleito Conselheiro da Ordem dos Músicos do Brasil e foi designado Curador do Diploma Mérito Artístico Maestro Eleazar de Carvalho.

Entre suas condecorações mais recentes estão os títulos de Comendador, Chanceler, Imortal da Academia de Música do Brasil, Imortal da Música Erudita, Imortal da Musicologia, Conselheiro Perpétuo da Academia de Música do Brasil, Doutor Honoris Causa da Música Erudita no Brasil e Doutor Honoris Causa da Musicologia no Brasil e Doutor Honoris Causas das Ciências Humanísticas, Filosofia e Música da Academia Lucentina.

Roberto Farias é casado com Ilma Dias da Silva (coordenadora financeira, decoradora e agente imobiliária), tem 3 filhos: Christiane (psicóloga), Roberto (médico veterinário) e Igor (músico e design gráfico) e três netos: Matheus (2001), Felipe (2004), Isabela (2006) e Jahconias (2018). 

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